Dívida pública pode alcançar até R$ 6,4 trilhões em 2022
Números foram divulgados pelo Tesouro Nacional
Fonte:EBC
26 de Janeiro de 2022 as 15h 15min
Depois de encerrar 2021 levemente acima de R$ 5,6 trilhões e em nível recorde, a Dívida Pública Federal (DPF) deverá chegar ao fim deste ano entre R$ 6 trilhões e R$ 6,4 trilhões. Os números foram divulgados hoje (27) pelo Tesouro Nacional, que apresentou o Plano Anual de Financiamento (PAF) da dívida pública para 2022.
De acordo com o PAF, que apresenta metas para a dívida pública para este ano, o governo criou um espaço para diminuir a fatia de títulos prefixados (com taxas de juros fixas e definidas antecipadamente) e aumentar a participação dos papéis corrigidos pela taxa Selic (juros básicos da economia). Isso ajudaria a atrair os investidores aos títulos vinculados à Selic, que deve atingir dois dígitos a partir da próxima reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central, na próxima semana.
Segundo o documento, a parcela da DPF vinculada à Selic deverá subir para uma faixa entre 38% e 42%. Atualmente, está em 36,8%. A fatia dos títulos prefixados deverá encerrar o ano entre 24% e 28%, contra 28,9% registrados atualmente.
A proporção da dívida pública corrigida por índices de preços deverá ficar entre 27% e 31%. Hoje está em 29,3%. Já a participação da dívida corrigida pelo câmbio, considerando a dívida pública externa, deverá encerrar o ano entre 3% e 7%. O percentual atual está em 5%. Os números não levam em conta as operações de compra e venda de dólares no mercado futuro pelo Banco Central, que interferem no resultado.
No ano passado, o PAF inicialmente previa que a Dívida Pública Federal poderia encerrar 2021 em R$ 5,9 trilhões. Por causa da redução das incertezas relativas à pandemia de covid-19, o limite foi reduzido para R$ 5,8 trilhões em maio.
Composição
Em 2021, a DPF teve aumento de títulos corrigidos pela Selic, que subiram de 34,8% em dezembro de 2020 para 36,8% no mês passado, dentro da banda de 33% a 37% em vigor para o último ano. Segundo o Tesouro, isso se deveu à alta da taxa Selic, que atraiu de volta os investidores desses papéis que haviam fugido no início da pandemia de covid-19, em 2020.
A participação de papéis prefixados (com juros definidos no momento da emissão) caiu de 34,8% em 2020 para 28,9% em 2021. O percentual ficou abaixo do mínimo estabelecido pelo PAF de 2020, que estimava que a participação encerraria o ano entre 31% e 35%. Com o aumento da Selic, os investidores fugiram dos títulos prefixados, mais sujeito às oscilações de mercado e que pode trazer prejuízo se resgatado antes do prazo.
A fatia de títulos corrigidos pela inflação subiu de 25,3% para 29,3%, dentro do intervalo estabelecido entre 26% e 30%. A dívida corrigida pelo câmbio, considerando a dívida pública externa, fechou 2021 em 5%, também dentro da margem de 3% a 7% estimada no PAF.
Os títulos corrigidos por taxas flutuantes aumentam o risco da dívida pública, porque a Selic pressiona mais o endividamento do governo quando os juros básicos da economia sobem. Quando o Banco Central reajusta os juros básicos, a parte da dívida interna corrigida pela Selic aumenta imediatamente.
Em tese, os papéis prefixados trazem mais previsibilidade. Isso porque os juros desses títulos são definidos no momento da emissão e não variam ao longo do tempo. Dessa forma, o Tesouro sabe exatamente quanto pagará de juros daqui a vários anos, quando os papéis vencerem e os investidores tiverem de ser reembolsados. No entanto, os títulos prefixados têm taxas mais altas que a da Selic e aumentam o custo da dívida pública em momentos de instabilidade econômica.
Prazo
O Plano Anual de Financiamento também abriu uma margem para aumentar o prazo da DPF, apesar das possíveis instabilidades do ano eleitoral. No fim de 2021, o prazo médio ficou em 3,8 anos. O PAF estipulou que ficará entre 3,8 anos e 4,2 anos no fim de dezembro. O Tesouro divulga as estimativas em anos, não em meses. Já a parcela da dívida que vence nos próximos 12 meses encerrará 2022 entre 19% e 23%. Atualmente, está em 21%.
Segundo o Tesouro, o governo tem dois mecanismos de segurança para garantir a capacidade de financiamento em caso de crise econômica que não permita ao Tesouro lançar títulos no mercado. Em primeiro lugar, o governo tem reservas internacionais suficientes para pagar os vencimentos da dívida pública externa em 2022, que totalizam R$ 16,9 bilhões. Além disso, o governo tem um colchão de R$ 1,2 trilhão para cobrir pouco mais de nove meses dos vencimentos da dívida pública interna.
Por meio da dívida pública, o Tesouro Nacional emite títulos e pega dinheiro emprestado dos investidores para honrar compromissos. Em troca, o governo compromete-se a devolver os recursos com alguma correção, que pode seguir a taxa Selic, a inflação, o câmbio ou ser prefixada, definida com antecedência.
Siga MT Agora no Instagram, Facebook, Twitter e YouTube e aproveite para entrar em nosso grupo do WhatsApp clicando AQUI e deixar aqui abaixo o seu comentário.
COMENTARIOS
Mais de Economia
Mapa lança campanha para promover produto orgânico
Ministério trabalha para que o setor ganhe escala
20 de Maio de 2022 as 20h00Economia anuncia contingenciamento de R$ 8,7 bilhões do Orçamento
No primeiro semestre foram bloqueados R$ 1,7 bilhão
20 de Maio de 2022 as 18h00Ministério da Economia analisa cálculo de reajuste dos planos de saúde
Percentual a ser aplicado em 2022 será próximo a 15,8%, prevê Abramge
20 de Maio de 2022 as 17h15Sefaz apresenta projeções orçamentárias para 2023 em audiência pública
Dados são preliminares e podem sofrer alterações até a aprovação do PLDO na Assembleia Legislativa
20 de Maio de 2022 as 15h15Startups podem obter crédito para acessar soluções tecnológicas
Programa Serpro Booster apoia empresas em negócios inovadores
19 de Maio de 2022 as 19h30Ministério da Economia mantém previsão do PIB em 1,5%
Estimativa para a inflação deste ano sobe para 7,9%
19 de Maio de 2022 as 16h15Ministro: privatização pode aumentar recursos para infraestrutura
Guedes participou de evento da plataforma Arko Advice e Traders Club
19 de Maio de 2022 as 14h00Safra de café 2022 pode chegar a 53,4 milhões de sacas
Clima adverso impacta produção no país
19 de Maio de 2022 as 10h30Turismo nacional cresce 43,5% em março, aponta FecomercioSP
Faturamento foi de R$ 15,4 bilhões
18 de Maio de 2022 as 16h45Petrobras lança edital de R$ 20 milhões para startups
Inscrições para 4º edital do módulo já estão abertas
18 de Maio de 2022 as 14h15Número de empregados na construção civil fica estável em abril
Os dados constam do boletim Sondagem Industrial da Construção
18 de Maio de 2022 as 12h00Trabalhadores nascidos em junho podem sacar até R$ 1 mil no FGTS
Caixa fará o depósito em poupança digital
18 de Maio de 2022 as 06h00Ministro afirma que bioeconomia deve ser prioridade no país
Avaliação é do titular da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim
17 de Maio de 2022 as 20h30Monitor do PIB aponta crescimento de 1,5% no primeiro trimestre
Na passagem de fevereiro para março aumento foi 1,8%, diz FGV
17 de Maio de 2022 as 11h00Sefaz apresenta para a sociedade diretrizes orçamentárias de 2023
População pode participar pela transmissão ao vivo no Youtube da Secretaria de Fazenda
17 de Maio de 2022 as 09h15