Policia Feminicídios
Mato Grosso fecha 2025 com recorde de 52 feminicídios; Lucas do Rio Verde registra casos brutais
Estado supera índices do ano passado; interior concentra maior número de mortes e reforça necessidade de rede de proteção mais ágil.
26/12/2025 10h19
Por: Redação Fonte: MT Agora
AtnoYdur/iStock

O balanço de segurança de Mato Grosso encerra 2025 com uma marca de sangue que choca o estado. Foram confirmados 52 feminicídios ao longo do ano, superando os 46 casos registrados em 2024. A estatística revela que a violência de gênero não é um problema distante das metrópoles, mas uma realidade que bate à porta das cidades do interior, incluindo Lucas do Rio Verde, que figurou tristemente nas manchetes policiais deste ano.

Em Lucas do Rio Verde, os casos de violência doméstica escalaram de forma alarmante. Entre os episódios mais recentes que marcaram a cidade, destaca-se o crime ocorrido no bairro Tessele Junior, onde uma jovem foi morta pelo ex-companheiro que não aceitava o fim do relacionamento. Outras cidades da região Norte e Médio-Norte, como Sinop, Sorriso e Nova Mutum, também apresentaram alta nos índices, mostrando que o eixo da BR-163 vive uma crise silenciosa dentro dos lares.

Mapa da Violência em MT

Além de Lucas do Rio Verde, os municípios com maior incidência de crimes contra a vida de mulheres em 2025 foram:

O Perfil dos Crimes

Em Mato Grosso, cerca de 80% das vítimas de 2025 foram mortas por armas brancas ou asfixia, e quase a totalidade dos crimes aconteceu dentro da própria residência. O balanço aponta que o consumo excessivo de álcool e drogas tem sido um catalisador, mas a raiz do problema continua sendo o sentimento de posse dos agressores.

Resposta das Autoridades Luverdenses

Em resposta aos números, a Guarda Civil Municipal e a Polícia Civil de Lucas do Rio Verde mantêm a Patrulha Maria da Penha e o monitoramento de medidas protetivas, que dobraram de volume na comarca local este ano. O foco das autoridades para 2026 deverá ser o fortalecimento dos canais de denúncia imediata e a ampliação da rede de acolhimento, visando interromper o ciclo de violência antes que ele atinja o estágio do feminicídio.