A derrota do Corinthians para o Grêmio por 1 a 0, na noite da última quarta-feira, em Porto Alegre, colocou o Timão em flerte real com a zona de rebaixamento, a apenas cinco pontos da área da degola. Além disso, o revés pôs ainda mais pressão em Tite, que não consegue fazer o time reagir. Para tentar parar a crise que se instala no Parque São Jorge, a diretoria vai se reunir na tarde desta quinta para discutir o que pode ser feito. E o futuro do treinador estará em pauta no papo entre o presidente Mário Gobbi, o diretor-adjunto Duílio Monteiro Alves, o diretor de futebol Roberto de Andrade e o gerente de futebol Edu Gaspar. Edu, aliás, foi o único da cúpula a acompanhar a delegação a Porto Alegre. E desconversou ao ser questionado se Tite corre algum risco de demissão (confira no vídeo acima a opinião de Caio Ribeiro sobre Tite).
- Nós chegamos ontem muito tarde do estádio, obviamente chateados com o resultado, e seguimos nossa dinâmica normal. Vamos chegar ao CT e conversar com todos, mas nada de extraordinário, é algo padrão. Ainda não conversei com o presidente, com o Duílio, com o Roberto. Vamos seguir o que é de praxe, que é conversar como sempre fazemos depois de jogos com viagens - resumiu Edu.
No embarque em Porto Alegre após a derrota (veja os melhores momentos no vídeo ao lado), o clima entre os jogadores era de velório. Todos estavam silenciosos e muito sérios. O único que parecia sereno, curiosamente, era Tite. A delegação desembarca em São Paulo às 15h desta quinta.
Depois de golear o Flamengo por 4 a 0 no dia 1º de setembro, data do aniversário de 103 anos do clube, o Corinthians ficou sem vencer por um mês. Neste período, acumulou derrotas para Internacional (1 a 0), Botafogo (1 a 0), Goiás (2 a 1), Ponte Preta (2 a 0) e Portuguesa (4 a 0), e empates com Náutico e Cruzeiro (ambos por 0 a 0). Desencantou no dia 2 de outubro ao bater o Bahia por 2 a 0, mas logo voltou a desapontar com empates sem gols contra Atlético-MG, Atlético-PR e São Paulo. A derrota para o Grêmio por 1 a 0, com um gol do ex-palmeirense Barcos, reforçou a crise.