O grupo formado pelos presidentes do Cuiabá Esporte Clube, Luverdense, Mixto, União, Cacerense e Mato Grosso vai ingressar na Justiça contra a Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), para abrir o que denominou de "caixa preta" e ter acesso a todas as informações referentes a questões administrativas e financeiras da entidade, que, em tese, representa os dirigentes.
Os cartolas encaminharam ofício, no dia 10 passado, ao presidente da FMF, Carlos Orione, cobrando cópias dos contratos entre a entidade e a TV Centro América (Globo/4) para a transmissão dos Jogos do Campeonato Estadual, e com a Chevrolet para exploração dos espaços publicitários e premiações.
Eles ainda cobraram dados sobre os direitos e obrigações relativas às premiações de 2013 e 2014, e de que forma foram distribuídos ou serão distribuídos os recursos.
Os dirigentes deram prazo de cinco dias úteis para resposta da federação, mas, até segunda-feira (20), não houve retorno por parte da entidade.
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Presidentes de clubes querem abrir "caixa preta" da FMF
O presidente do Cuiabá Esporte Clube, Cristiano Dresch, informou que o grupo se reúne, nesta semana, com o advogado que o representa, para que seja feita uma ação judicial contra FMF, garantindo acesso às informações solicitadas administrativamente.
O presidente da FMF, Carlos Orione, tirou licença de 30 dias para, segundo sua assessoria, "tratar de assuntos particulares", e só deve retornar à entidade em 19 de fevereiro.
Em seu lugar, responde Luiz Wellington da Silva, que, no entanto, não foi localizado na terça-feira para falar sobre o assunto.
Sem dados
Os presidentes reclamam da falta de transparência das ações da FMF. Eles questionam ainda o conhecimento de todas as despesas que compõe o borderô de jogos, em especial, as diárias de locomoção dos funcionários da federação e de árbitros em geral.
Os dirigentes também não sabem quem são os membros do Tribunal de Justiça Desportiva de Mato Grosso, quais são os indicados pela Federação Mato-grossense de Futebol e quais os critérios de escolha e a representatividade.
Debora Siqueira