Em seu terceiro ano na presidência do Flamengo, Patricia Amorim volta a encarar a força do nome de Adriano na Gávea. Se na temporada passada rechaçou qualquer possibilidade de contratar o jogador, traumatizada pelos episódios de 2010, começa a mudar de ideia. Para isso, pesam o desejo do torcedor e a política.
Isso porque 2012 é ano de eleições na vida da ex-nadadora. Em outubro, tentará novamente manter o cargo de vereadora nas eleições municipais. Depois, em dezembro, procurará a reeleição à frente do Flamengo.
Mas qual seria a ligação disso com Adriano? Simples. Em busca de popularidade, Patricia Amorim vê com bons olhos agradar ao torcedor rubro-negro. Para isso, nada melhor do que armar um ataque com Adriano, Vagner Love e Ronaldinho Gaúcho.
A torcida rubro-negra, em sua grande maioria, é favorável à volta de Adriano. As inúmeras polêmicas que o Imperador já se meteu e a possibilidade de produzir mais não arrefecem o desejo. Os torcedores gostam da identificação do atacante com o clube e topam o risco.
As principais torcidas organizadas já cobraram, na Gávea, o retorno do jogador, sem clube desde a segunda-feira (12), quando rescindiu o contrato com o Corinthians. Sem o discurso enérgico do ano passado, a diretoria acenou com a possibilidade de contratação.
Em 2011, o então técnico Vanderlei Luxemburgo serviu de escudo para vetar a vinda de Adriano, mandado embora da Roma (ITA). Porém, assim como o treinador, os cartolas eram contra.
O traumático ano de 2010 pesou para isso, quando Adriano se meteu em muitas confusões, não resolveu dentro de campo e deixou o clube.
Agora, o tempo passou e a imagem arranhada da diretoria, com o começo de ano confuso na Gávea, jogam a favor do retorno. O provável é que o clube ofereça um contrato de risco, com o Imperador precisando topar.
As partes ainda não conversaram, mas a tendência é que isso ocorra até o fim de semana. Não há pressa no Flamengo, até porque o mercado para o atacante é bem fechado e a prioridade de Adriano sempre foi atuar no clube.