Em seu segundo dia de exibição, Luiz Bacci marcou quatro pontos de audiência com o "Tá na Tela", segundos dados prévios do Ibope. O índice foi 60% maior que a média consolidada da estreia. Durante 40 minutos, a atração conseguiu ainda bater a Record e o SBT e ficou em segundo lugar, atrás apenas da Globo.
Após uma estreia sangrenta, a produção colocou no ar um programa com menos crimes e mais bizarrices. Foi uma delas que deu à atração seu melhor desempenho. O projeto marcou pico de 6,2 pontos ao exibir a história de um cearense "feio" casado com duas mulheres.
Apesar de mais leve, Bacci manteve a gritaria e o sensacionalismo exacerbado da edição da última segunda-feira (5). Prova de que esse será o tom do programa enquanto ele funcionar.
Ainda não foi possível perceber onde entre o entretenimento prometido antes da estreia. "Tá na Tela" é uma mistura de tudo que há de pior nas produções policialescas. Chafurda no limbo do mundo cão para fisgar a audiência a qualquer custo.
É tão apelativo quanto os antigos programas de João Kleber na Rede TV! e de Márcia Goldschmidt na própria Band.
A encenação de Bacci no palco é tão forçada que nem mesmo a plateia acredita no que o apresentador está falando. A ponto de não querer participar. Na última terça, uma senhora do auditório foi intimada a dar opinião sobre um dos temas em pauta e se recusou a falar. Pressionada pelo "Menino de Ouro", alegou vergonha.
Durante cerca de uma hora, Bacci ficou fazendo mistério em torno de uma foto que "chocante" do último show feito por MC Daleste, assassinado durante uma apresentação em 2013. O apresentador prometia mostrar a imagem a cada 15 segundos, sem acrescentar nenhuma informação. No final, não havia nada demais na foto. Apenas uma pessoa com uma máscara no baile do funkeiro.
A condução do caso resume bem o programa: "Tá na Tela" usa a notícia apenas para fazer sensacionalismo barato a tal ponto do telespectador se perguntar até que ponto tudo aquilo é verdade. E nos leva a concluir que Bacci tinha tudo para ser um Fausto Silva, mas se contentou em ser a nova Márcia.