Cerca de 2 mil pessoas assistiram a emocionante vitória do Cuiabá Arsenal sobre a equipe campeã paulista, São Paulo Storm, em mais um clássico do futebol americano, no Dutrinha. Em um jogo bastante disputado, o time cuiabano mostrou, mais uma vez, a superioridade em campo.

 O placar terminou em 16 a 8. Com o resultado, o Arsenal segue para a grande final da Super Liga Centro-Sul, contra o atual campeão brasileiro, Coritiba Crocodiles, dia 16 de novembro, em Curitiba. Quem vencer garante a vaga na final do Campeonato Brasileiro de Futebol Americano dia 13 de dezembro.

Vencer ou vencer. Foi com este sentimento que os jogadores do Arsenal entraram em campo contra a ‘tempestade’ azul. Seguros, porém bastante ansiosos pela partida, os atletas não disfarçavam a sede pela vitória que os levaria mais perto da taça do tricampeonato. 

De longe era possível observar a unidade do grupo e a postura firme diante das adversidades. Para o técnico, Brian Guzman, o jogo contra o Storm foi um teste de paciência e perseverança. “Conseguimos começar melhor o jogo e abrir a vantagem que no fim determinou o resultado. No entanto, ainda falta para a equipe a capacidade de se manter constante durante toda a partida, fator que será trabalhado nas próximas três semanas”.

Guzman disse estar muito satisfeito com a atuação da defesa. “Tivemos que lidar com um número absurdo de lesões dos nossos titulares ao longo do jogo, mas todos que entraram em campo cumpriram seu papel e nos ajudaram a segurar a investida do Storm até o fim do jogo”. De acordo com o técnico, a atitude da defesa mostrou que a equipe ainda tem um grande potencial a ser explorado. 

Agora, o momento é de recuperar os jogadores que sofreram lesões e treinar arduamente até a viagem para Curitiba. “Termos uma boa chance de buscar o resultado que queremos, com foco, objetividade e muita vontade da equipe, tenho certeza de que daremos muito trabalho”.

O defensive line, Andrei Vargas, contou que, depois da derrota na partida contra o Crocodiles, a equipe teve a oportunidade de rever erros e acertos. “Voltamos a ter a defesa que sempre orgulhou aos torcedores do Arsenal, uma defesa forte e impactante, que não permite ao adversário avançar em campo. Capaz de parar jogadas de corrida e cobrir bem as rotas. Uma defesa que aguenta até o fim. Estou orgulhoso de fazer parte disso”, pontua.

De acordo com o linebacker, Higino Gomes, a partida foi digna de grandes times e a equipe sabia que o Storm lutaria até o fim. Mas o fato de jogar em casa, ao lado da torcida, fez grande diferença para os atletas. “Só estando lá para perceber”. Para ele, tanto a defesa quanto o ataque superaram os próprios limites e tiveram uma boa atuação. “Há tempos que eu não via o Arsenal dessa forma, com uma vontade que podia ser sentida de longe. Tenho certeza de que esta equipe é capaz de superar qualquer desafio. Vou para casa com a sensação de dever cumprido”.

Play by play

O primeiro touchdown do jogo chegou quase no final do primeiro quarto pelas mãos do capitão da equipe Igor Mota. A equipe avançou de forma rápida e assertiva chegando a uma jarda da endzone, bastou ao capitão completar a jogada. O ponto extra foi para fora (6 x 0). Já no segundo tempo, foi a vez de Dandan fazer um lançamento perfeito para Heron que avançou 15 jardas paras marcar. O ponto extra foi convertido por Raulin (13-0). A equipe ainda conquistou um field goal de 42 jardas pelos pés de Raulin (16-0).

Já no segundo tempo, o ataque do Arsenal arrefeceu e o Storm ganhou um pouco mais de força. Depois de muita insistência eis que surge a oportunidade. Em um passe de 8 jardas de Urlacher para Luiz Domingues, a equipe alcançou a endzone do Arsenal. O TD foi seguido de uma conversão de dois pontos, novamente, Urlacher para Luiz Domingues. O placar animou o time visitante que seguiu forçando o ataque, mas a defesa do Arsenal parecia um paredão impenetrável em campo, o que garantiu a manutenção do resultado positivo. O jogo terminou em 16 a 8.

Outubro Rosa

Se dentro de campo Arsenal e Storm são grandes adversários, fora dele, as equipes demonstraram objetivos bem comuns. Os jogadores dos dois times aproveitaram a partida decisiva para vestir várias peças de roupas de cor rosa. Meias, luvas, toalhas, e outros adereços remeteram ao Outubro Rosa, mês de luta e prevenção ao Câncer de Mama. Segundo o presidente da equipe cuiabana, Orlando Ferreira Junior, faz parte da missão da equipe estar envolvida nas questões sociais. “O esporte tem um papel transformador e não pode ser ater as linhas do campo. Gostamos de estar envolvidos na sociedade e esta é nossa forma de retribuir todo o carinho que sempre recebemos de nossa torcida”.