Uma equipe técnica da Energisa deve percorrer ainda hoje (segunda-feira, 26 de maio) a Linha Morocó para avaliar,in loco, a situação da rede de distribuição de energia elétrica. O mapeamento da rede vai subsidiar a elaboração de um plano de ação para deixar no passado quedas e as oscilações de energia elétrica.
Além de avaliar as condições da rede, o mapeamento deve também atualizar a carga utilizada, ou seja, informar à concessionária quantos equipamentos estão sendo abastecidos pela energia entregue pela rede de distribuição do local.
“A partir deste mapeamento, é que será possível verificar se uma manutenção será suficiente ou se teremos de executar alguma obra de melhoria de rede”, afirmou o gerente regional de Construção e Manutenção da Energisa, Washington Soares Perez Júnior. Junto ao gestor de Grandes Clientes e Poder Público da concessionária, Elizeu Pereira do Nascimento, Washington participou, hoje, de uma reunião, mediada pelo Procon, com representantes da Associação dos Produtores da Linha Morocó, e da Administração Municipal.
“Nosso objetivo não é punir ou multar, e sim buscar uma solução para esta situação”, afirmou o diretor-executivo do Procon, Michel Ferreira, contextualizando que esta demanda foi encaminhada pelo Ministério Público do Estado (MPE), onde os produtores rurais buscaram apoio, há dois anos, para este problema.
“A Linha Morocó cresceu muito nos últimos anos e esperamos que a concessionária apresente uma solução paliativa, para que sejam sanados os problemas urgentes; e uma definitiva para que as interrupções e oscilações de energia não voltem a acontecer”, ressaltou o assessor jurídico do Procon, Daniel Wurzius.
A região, que no início da colonização de Sorriso contava somente com lavouras, hoje está com um leque diversificado de empreendimentos que tem a energia elétrica como insumo básico: “são mais de 5 armazéns grandes, 240 aviários, 2 tanques de piscicultura de grande porte – fora os menores, em uma área de 60 mil hectares”, lista o presidente da Associação, Ailan Jonas Dal Molin, acrescentando que são frequentes as informações de novos moradores e empreendimentos chegando ao local, que fica ali na divisa com Lucas do Rio Verde.
Agricultor e piscicultor, Ailan destaca que os empresários rurais são prudentes para evitar prejuízos por conta das oscilações. “Temos motores a diesel para acionar sempre que há problemas com a energia vinda da rede elétrica, mas há todo um custo para isso, como combustível, instalação e manutenção destes equipamentos”, contextualiza, acrescentando que não há do que reclamar do atendimento emergencial que recebe da concessionária. “No entanto, o que precisamos é de manutenção preventiva”.
“Quero expandir os negócios na Morocó, mas sem este insumo básico que é a energia, fica difícil”, comentou Júlio Samuel Carelle, que atua no ramo de aviários.
Outro representante da comunidade, o produtor rural Edemar Brustolin ofertou parceria à concessionária para que a solução seja definitiva. “Temos boa vontade, somos solícitos e estamos à disposição para ajudar no que estiver a nosso alcance”.
“Recebemos uma comitiva da Energisa, acompanhamos as obras que estão sendo executadas e acreditamos que este aporte de energia que será feito certamente deve impactar positivamente tanto os clientes da cidade quanto do campo”, destacou o secretário-adjunto de Governo, Cledson Assis, igualmente colocando a Administração Municipal à disposição para auxiliar neste processo de diálogo com a comunidade.
Texto: Nádia Mastella
Fotos: Ney Douglas
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