A CDL Lucas do Rio Verde apresentou nesta sexta-feira (13) a segunda edição de 2025 do projeto Indicadores Econômicos, que analisa o comportamento de preços da cesta básica na cidade. A pesquisa é desenvolvida em parceria com o Unilasalle Lucas e tem o objetivo de oferecer informações úteis tanto aos consumidores quanto ao setor empresarial, auxiliando na tomada de decisões e no planejamento financeiro.
O presidente da CDL, Petronílio de Souza, destacou que, mesmo com variações pontuais em alguns itens, o valor médio da cesta básica segue estável em relação ao primeiro trimestre. “Queremos mostrar que, apesar do custo de vida não ser o mais barato, Lucas do Rio Verde está dentro de uma média nacional. E mais: é uma cidade com oportunidades, com vagas de emprego todos os dias. Nossa mensagem é: valorize o comércio local, compre nas lojas que participam da campanha Amor em Dobro e concorra a mais de R$ 50 mil em prêmios no dia 30 de junho”, afirmou.
Responsável pela apresentação dos dados, o economista e professor da Unilasalle, Nadir Paludo, explicou que a pesquisa considera sete supermercados da cidade que oferecem todos os itens da cesta básica. O levantamento, referente aos meses de abril e maio, aponta uma oscilação pequena nos preços. Em abril, o valor médio da cesta ficou entre R$ 532 e R$ 537, enquanto em maio variou de R$ 572 a R$ 636. “Essas variações se devem, muitas vezes, a promoções pontuais no dia da coleta. Por isso é tão importante que o consumidor pesquise antes de comprar”, orientou o professor.
Ainda segundo Paludo, o trabalhador que recebe um salário mínimo comprometeu, em média, 58,65% de sua renda mensal para adquirir a cesta em abril e 56,56% em maio. A análise também mostra que, embora as diferenças entre os supermercados não sejam tão expressivas, alguns produtos apresentaram variação de mais de 50% entre os estabelecimentos, o que reforça a importância da pesquisa de preços.
Robson Alex, diretor de comunicação e de eventos da CDL, ressaltou a relevância do levantamento para o planejamento da economia familiar e o fortalecimento do comércio local. “Estamos construindo um histórico de dados econômicos que servem não só para o consumidor, mas também para investidores e acadêmicos. Esses indicadores geram conhecimento e ajudam a fomentar o desenvolvimento de Lucas do Rio Verde com base em informações concretas”, disse.
Além de apresentar os resultados do bimestre, a live destacou recomendações importantes para o consumidor, como fazer listas de compras, optar por embalagens maiores e ficar atento às datas de validade em produtos em promoção. O professor Nadir também reforçou que planejamento financeiro e controle de gastos são atitudes essenciais para garantir o bom uso da renda.
Números da pesquisa
A pesquisa levou em consideração os preços praticados em sete estabelecimentos comerciais de diferentes bairros do município e analisou a variação nos meses de abril e maio de 2025. De acordo com o estudo, o preço médio da cesta básica em abril foi de R$ 821,44, subindo para R$ 858,57 em maio.
Entre os bairros com os valores mais altos, destacam-se o Parque das Emas II e o Primavera. No mês de abril, o maior valor registrado foi de R$ 890,53. Já em maio, a cesta básica mais cara custava R$ 877,23, valor que compromete 57,78% do salário mínimo vigente, atualmente fixado em R$ 1.518,00.
Com base nesses dados, os pesquisadores calcularam que o salário mínimo ideal para suprir adequadamente as necessidades de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 7.369,57 em maio, valor 4,85 vezes maior que o piso nacional.
O relatório aponta ainda que, para adquirir apenas os itens da cesta básica, o trabalhador precisa dedicar cerca de 127 horas e 13 minutos de jornada mensal, considerando uma carga horária de 220 horas no mês, como estabelece a Constituição.
Os produtos que mais influenciaram o aumento no custo da cesta básica foram o café em pó, afetado por menor oferta global e aumento do preço nas bolsas internacionais; a batata, por causa da baixa produtividade; o tomate, devido ao clima ameno e chuvas nas regiões produtoras; o pão francês, impactado pelo período de entressafra e aumento das importações de trigo; e a carne bovina de primeira, por conta da oferta limitada para abate e da forte demanda externa.
A íntegra da pesquisa, com gráficos e detalhes da metodologia, estará disponível nos sites e redes sociais da CDL Lucas e da Unilasalle. A próxima edição do projeto será divulgada em julho, com dados atualizados do trimestre.