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Felipe Cuoco amplia projeto sobre o bioma pantaneiro

Com imagens que unem arte e consciência ecológica, o artista propõe um olhar poético sobre o bioma e alerta para a urgência da preservação diante d...

Redação
Por: Redação Fonte: Agência Dino
29/10/2025 às 15h47
Felipe Cuoco amplia projeto sobre o bioma pantaneiro
Felipe Cuoco Photography

O fotógrafo Felipe Cuoco anunciou uma nova etapa do projeto "O Chamado do Pantanal", que tem como objetivo documentar artisticamente a riqueza natural e a importância ambiental do bioma brasileiro. De acordo com o profissional, a motivação da iniciativa surgiu da paixão que sempre sentiu pelo Pantanal, além do desejo de chamar a atenção, por meio das imagens, para a rápida degradação desse bioma. Segundo dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados pelo g1, houve um aumento de mais de 64,2% nos focos de incêndio no Pantanal durante os dez primeiros meses de 2024, em comparação ao mesmo período do ano anterior. O número registrado é o maior para o período desde 2012, quando foram detectados mais de 88 mil focos. "O Chamado do Pantanal surgiu como um convite à escuta: uma forma de registrar a força silenciosa desse bioma e, ao mesmo tempo, denunciar sua fragilidade. A proposta central é unir arte e consciência ambiental, mostrando a beleza do Pantanal de forma poética, mas também provocar reflexão sobre o impacto humano e a importância da preservação. Cada fotografia é um testemunho visual da vida que resiste entre águas, luz e silêncio", detalha o fotógrafo. O projeto, segundo Felipe, vai além da representação de um bioma e busca evidenciar um sistema interligado essencial para o equilíbrio ambiental global. "O avanço das queimadas, a escassez de chuvas e o desequilíbrio do regime das águas são reflexos diretos das mudanças climáticas. A série fotográfica busca dar rosto a essas consequências — não por meio de denúncia direta, mas pela beleza que resiste. Mostrar o que ainda existe é também uma forma de alertar sobre o que podemos perder", analisa. O artista também reforça o papel da fotografia em despertar emoção no público, criando conexão, empatia e senso de pertencimento. "No caso do Pantanal, acredito que a fotografia é uma das ferramentas mais eficazes para aproximar as pessoas desse universo natural, muitas vezes distante da realidade urbana. A arte tem essa força de comunicar sem ruído, de sensibilizar antes de informar", explica.

Expedições no coração do Pantanal

O projeto vem sendo desenvolvido principalmente no Pantanal Norte, nas regiões do rio Cuiabá, Porto Jofre e Transpantaneira. Durante as expedições, Felipe registrou onças-pintadas (como Ousado, Makala e Jaju), ariranhas, tuiuiús, araras-azuis, biguatingas, gaviões-belos, jacarés e o cervo-do-pantanal. Para o artista, essas espécies representam a biodiversidade e a identidade viva do Pantanal. "Cada fotografia busca contar uma parte dessa história: o olhar atento de uma onça, o voo de uma arara contra o céu em chamas, o reflexo da garça nas águas calmas do amanhecer", enfatiza.

De acordo com o fotógrafo, um dos principais desafios para registrar o bioma de forma autêntica e respeitosa é o próprio tempo, pois "o Pantanal exige paciência". Segundo ele, as condições climáticas mudam em questão de minutos, e os animais só aparecem quando a natureza permite. "Outro ponto é o respeito: estar no habitat desses animais demanda cuidado e limites claros. É preciso observar sem interferir, fotografar sem perturbar. Mas é justamente essa dificuldade que torna o trabalho genuíno. A autenticidade nasce do encontro real, não do cenário montado", detalha. Além disso, a questão logística também é um desafio, já que o acesso é remoto, as temperaturas são altas, os deslocamentos costumam ser feitos por rio e há a necessidade de manter os equipamentos protegidos em ambientes extremos.

Próximos passos

Para o próximo ano, um dos planos de Felipe é o lançamento de um livro de fotografias em grande formato, acompanhado de textos poéticos e reflexivos que traduzam o sentimento por trás de cada imagem. "O livro será estruturado como uma jornada visual, do nascer ao pôr do sol pantaneiro, passando por suas águas, florestas, campos e silêncios. Mais do que um registro, o livro pretende ser uma experiência sensorial: um mergulho nas cores, texturas e atmosferas do Pantanal", conclui. Para conferir as imagens, basta acessar: https://www.instagram.com/felipecuoco.art?igsh=NGdjYm05bGtncXJ5&utm_source=qr

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