O acidente que tirou a vida de Cristiano Araújo e de sua namorada, Allana Moraes, está completando 1 mês nesta sexta-feira, 24, e a Polícia Civil ainda não possui um laudo pericial sobre o que aconteceu com o carro que transportava o cantor sertanejo. Vitor Leonardo, um dos empresários do artista que estava no banco do carona no acidente fatal, no entanto, não aguarda o documento com expectativas.

"O acidente poderia ter sido evitado? Poderia. Mas já estava escrito, marcado. Infelizmente a hora dele chegou. Na minha opinião, não há culpados. Foi a feita a vontade de Deus... Resumindo, é isso. É muito triste ver as pessoas culpando alguém", diz ele, em entrevista ao EGO, se referindo a Ronaldo Miranda, que conduzia o automóvel.

O motorista já assumiu à polícia que dirigia acima da velocidade permitida e pode ser indiciado por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar. Ronaldo teria perdido o controle do carro depois que os pneus do carro estouraram. As rodas não eram originais de fábrica e a polícia investiga como isso pode ter influenciado, com a ajuda da montadora Land Rover.

"Falaram que o cara tinha dormindo ao volante. Isso não aconteceu! Teve o estouro, sim, e foi aí que ele perdeu o controle", defende Vitor, contando como Ronaldo está após o ocorrido. "Ele quase não sai de casa desde então. Converso sempre com ele, dou apoio. Mas é muito difícil, né?", avalia.

'Ele era muito família'

Vitor conta que o acidente aconteceu quando eles voltavam para Goiânia. "O Cristiano estava muito feliz. Ele iria se encontrar com os filhos. Era um cara que tinha esse compromisso. O tempinho livre que ele tinha, dedicava aos filhos. Era muito família", conta o empresário e amigo, se referindo a João Gabriel e Bernardo, herdeiros do cantor sertanejo.

Bernardo, inclusive, é afilhado de Vitor. No final de semana, a mãe do menino compartilhou no Instagram um vídeo de cortar o coração. Nele, Bernardo aparece chamando o pai pela TV ao ver a entrevista inédita do artista no programa "Estrelas". "Esse, pra mim, foi um dos piores momentos desde que tudo aconteceu. Aquela cena... De vez em quando, o Bernardo me pergunta: 'cadê o papai?'. Isso dói, machuca", diz Vitor, emocionado.

Amigos quase irmãos

Segundo Vitor, ele possuía mais que uma relação profissional com Cristiano. Os dois trabalhavam juntos havia quase dez anos e eram muito amigos, quase irmãos. "A dor vai piorando. Você vai caindo na real e vê que nunca mais vai encontrá-lo, nunca mais irão conversar. A saudade aumenta cada vez mais", conta.

Vitor conta que os dois estavam focados no projeto de gravação de um DVD acústico no final deste ano. "Estávamos procurando músicas e estavam chegando muitas opções boas. Algumas vozes foram gravadas, mas não tem nada pronto. Quero deixar tudo do jeito que ele gostaria. O Cristiano era muito exigente, certinho. Essa é minha missão até o final deste ano", diz.

Questionado se pretende empresariar o irmão de Cristiano, Felipe, que tem uma dupla sertaneja, Vitor não faz planos. "Ainda estou em estado de choque. Não sei se quero continuar nesse meio... Tudo o que eu fazia era com o Cristiano, né? A gente tinha uma ligação muito forte. Vamos ver o que Deus vai colocar no meu caminho".