A mais cara e completa preparação do Brasil para uma edição dos Jogos Olímpicos não deve representar um aumento no número de medalhas conquistadas na Olimpíada deste ano em Londres, segundo estimativa apresentada nesta segunda-feira pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
Repetir a conquista das 15 medalhas dos Jogos de Pequim-2008 é a meta brasileira para os Jogos da capital britânica, apesar de o Brasil ter montado um esquema inédito que inclui a locação de um dos melhores centros de treinamento londrinos, quartos à disposição em vários hotéis da cidade, transporte exclusivo para os atletas e diversas equipes extra-competição assessorando os atletas.
O valor do investimento feito pelo país para os Jogos não foi divulgado. O presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, disse que só será fechado e apresentado às vésperas da competição, mas confirmou que essa é a maior operação do Brasil para uma Olimpíada.
Segundo o COB, houve um aumento significativo de recursos para o esporte olímpico a partir da escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos de 2016, no final de 2009, mas "faltou tempo" para as confederações nacionais colocaram em prática projetos de preparação dos atletas para Londres.
O Brasil espera dar um salto de qualidade quando for a sede das Olimpíadas daqui a quatro anos, alcançando pela primeira vez na história um lugar entre os 10 primeiros colocados.
"Somos muito realistas nesse assunto, é uma conversa que tem que ser dura, mas somos realistas. No Rio de Janeiro (2016), com tempo, financiamento e planejamento, esperamos dar um salto de qualidade. Mas daqui a 121 dias nossa meta é muito parecida com Pequim, por isso colocamos no papel uma meta de 15 medalhas", disse a jornalistas o superintendente-executivo de esporte do COB, Marcus Vinícius Freire.
"É uma conta simples, é a conta que todo mundo faz no mundo inteiro. É só olhar os últimos quatro anos o que aconteceu nos campeonatos mundiais com os nossos atletas e os adversários", acrescentou.
"Assim vale a mesma conta para frente. Estamos lançando uma meta para 2016 que é dobrar o número de medalhas porque vamos ter tempo, financiamento, apoio dos três níveis de governo e da iniciativa privada. Esse grupo todo demorou um pouco a se juntar nesse empurrão depois de 2009", disse.