
O senador Wellington Fagundes (PL) detalhou, nesta sexta-feira (26), os critérios que devem nortear as articulações de sua legenda para o pleito de 2026 em Mato Grosso. Em posicionamento sobre a sucessão estadual, o parlamentar descartou a possibilidade de diálogo ou alianças com partidos de esquerda, alegando que a sigla possui uma diretriz ideológica de direita já consolidada.
Segundo Fagundes, a estrutura atual do PL, especialmente após a integração do ex-presidente Jair Bolsonaro ao partido, estabelece um limite claro para as coligações. "Nós somos um partido de direita. Então, não cabe diálogo com a esquerda. Não cabe", afirmou o senador ao ser questionado sobre o andamento das conversas para a sua pré-candidatura ao Governo.
O parlamentar explicou que a estratégia de aproximação com outras siglas ocorrerá de forma gradual, priorizando grupos que apresentem identidade com pautas voltadas ao desenvolvimento econômico. Ele reforçou que o foco será a conexão direta com o eleitorado e com as lideranças locais em diferentes regiões do estado, em vez de focar apenas em acordos de cúpula.
"Eu não faço política tomando nada dos outros. Eu faço política conquistando, principalmente, o eleitor. E eu acho que o mais importante na política é você olhar o cidadão, as lideranças locais, ir em cada canto, conversar com todos", declarou Wellington.
O movimento do senador delimita o campo de atuação do PL em Mato Grosso, reduzindo o leque de possíveis parceiros para as eleições majoritárias e forçando uma definição antecipada de legendas que hoje orbitam entre diferentes espectros políticos.
O posicionamento ocorre em um momento de movimentações intensas nos bastidores, onde diversos nomes começam a testar viabilidade para a disputa pelo Palácio Paiaguás, enquanto o eleitorado observa o início das definições de blocos para 2026.