Todo mundo sabe: a minha página no Facebook é um canal aberto com o meu público. Lá, eu converso mesmo com as pessoas. Por isso, acho chato que desocupados criem perfis fakes e, pior: ainda falem por mim. Essa atitude alimenta mais a ideia de que não sou eu quem escreve nas minhas redes sociais, além de impedir que algumas histórias cheguem a mim rapidamente, assim como a que contarei já, já. Antes, porém, preciso dizer que não curto ler fatos tristes no meu Face, pois sou muito enganada.
Certa vez, um cara postou o número do telefone dele e pediu para falar comigo. Disse que estava com câncer e morreria em breve. Eu liguei. “Ai, menti para você me ligar, não estou doente”, disse ele. Fiquei tão atordoada que jurei nunca mais ler relatos tristes, mas... Após esse adendo, volto à história do início da coluna. Há alguns dias, li um pedido no Face com tom de sonho, sem ar de tristeza, mas de pressa. A mensagem está reproduzida na íntegra no centro desta página. Agora, leia o texto que recebi da vizinha da Danielle em uma quinta-feira e, depois, vá ao parágrafo abaixo.
Como o Mc Gui tinha show no final de semana, não poderia vê-la no sábado ou domingo. Na segunda, eu tinha programa ao vivo. Decidi ir na terça. Antes, porém, a mãe dela disse que a garota estava fraquinha e podia não aguentar. Pedi a ela para falar no ouvido da filha que eu iria visitá-la, para aguentar as pontas. Na terça de manhã, prestes a embarcar, soube que a Danielle não resistiu. Infelizmente, o tempo dela era outro.
Me perguntei: “E se eu tivesse ido antes? E o Danillo? O irmão dela que também está nessa situação?” A vizinha que me escreveu está triste por não ter tomado essa atitude antes. Mas como na rede muita gente se passa por outras pessoas, ela achou que não seria eu quem leria a mensagem. O que passa pela cabeça dos fakes? Tem tanta coisa para fazer que não seja o mal. Quantas histórias, como a da Danielle, devem ter se perdido em meio às mentiras! Sei que não posso fazer mais nada por ela, mas peço por outros sonhos e desejos: respeitem as pessoas. Não quero mais viver a sensação de não ter tentado fazer algo por alguém. Beijos, Dani... E desculpa. : (