O ano que começa nesta sexta-feira promete ser o de término da Arena Pantanal e Centro Oficial de Treinamento UFMT. Obras que deveriam ter ficado prontas ainda em 2014, ano em que Cuiabá recebeu quatro jogos da Copa do Mundo, sofreram com problemas ao longo da caminho que deixam os locais ainda inacabados, mesmo que já utilizados, como a Arena Pantanal com mais de 100 jogos após o Mundial e o COT UFMT que recebeu duas seleções (usaram apenas o campo, pois os vestiários estavam inacabados). Ambas devem ficar prontas até junho de 2016.
O Centro Oficial de Treinamento Barra do Pari, por outro lado, está longe de ser finalizado. O governo estuda transformar a área em Centro Paraolímpico.
As obras na Arena Pantanal são mais simples, pois somente alguns detalhes de acabamento e melhorias no entorno é que ficaram pra trás. O estádio tem 97.8% finalizado e já custou quase R$ 700 milhões para o Governo de Mato Grosso. O problema é que a empresa Mendes Júnior não aceitou repactuar o contrato existente e se negou a assinar o Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) para reiniciar as obras. O problema seria impasse financeiro, já que a empresa chegou a alegar que restavam cerca de R$ 90 milhões a receber, enquanto o governo falava em no máximo R$ 15 milhões.
- A Mendes Júnior queria receber antes de iniciar esse processo, e isso não podemos fazer. O Tribunal de Contas não aceitou essa reivindicação deles. Não querendo assinar, vamos para a justiça. Vamos judicializá-los e contratar outras empresas para que façam esse serviço, porque nós precisamos até abril estar com a obra pronta, pois em abril é o último prazo para garantir a certificação ambiental - disse o secretário de cidades (Secid) Eduardo Chiletto, em dezembro, no anuncio da assinatura de 15 TAGs de obras inacabadas.
Sem o certificado ambiental até junho, a dívida do governo com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento) vai dobrar de valor. Os R$ 338 milhões passariam a ser mais de R$ 600 milhões por quebra em um termo do contrato. Como a Mendes Júnior não quer terminar a obra, o governo estadual vai realizar uma contratação emergencial, com outra empreiteira, para que o estádio seja finalmente entregue.
COT UFMT
Com 74% das obras concluídas, o Centro Oficial de Treinamento UFMT terá as obras retomadas em janeiro. O consórcio Campus Universitário aceitou assinar o TAG e vai finalizar o complexo que promete ter uma pista de atletismo com padrão internacional. O valor final do COT ficou em R$ 19,8 milhões, sendo que quase R$ 15 milhões já foram pagos.
O acabamento da pista será pago à parte pelo Ministério do Esporte, que repassou R$ 5 milhões para o governo estadual. Se o projeto for mantido, Mato Grosso será referência no Centro-Oeste para receber eventos de grande porte no atletismo. O COT UFMT será gerido pela Universidade Federal de Mato Grosso. A intenção é entregar a obra até maio de 2016.
A obra
O projeto prevê a construção de 5,4 mil metros quadrados. A obra, que teve ordem de serviço assinada em março de 2013, tinha prazo de execução de 300 dias. O COT UFMT conta com capacidade para 1,5 mil torcedores, campo de futebol, além de vestiários, camarotes e espaços para sala de aula.
Conforme projeto apresentado pela UFMT, a pista de atletismo terá 400 metros e oito raias, conforme prevê a Confederação Brasileira de Atletismo. Além disso, a pista que é vulcanizada, terá com dupla camada de borracha natural e sintética (polysoprene), além de acessórios físicos. Do total de raias, uma terá 100 metros, duas serão dedicadas à modalidade de salto com vara, uma pista será para salto triplo e extensão, outras duas para lançamento de peso, uma para lançamento de dardo e as duas últimas para salto em altura.