Prestes a embarcar para Cuiabá nesta terça-feira, o presidente do Rondonópolis Francisco Marino adiou a viagem em dois dias. Ele vem para a capital para oficializar a desistência do clube do Campeonato Mato-Grossense, mas de última hora resolveu protocolar o ofício apenas na quinta-feira, depois de ter recebido uma ligação do presidente em exercício da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), João Carlos de Oliveira.
Apesar do adiamento e do pedido da entidade, Marino mantém firme a proposta de sair da competição para resolver problemas internos no Leão.
- Não tem como eu voltar atrás. A decisão está tomada. Só não fui nesta terça-feira, pois o João Carlos não está em Cuiabá. Vou aguardar o retorno dele para oficializar a saída do Rondonópolis do Mato-Grossense - disse o presidente do Leão.
O caso
Com problemas internos entre os sócios, a situação do Leão chegou em uma situação insustentável segundo o presidente Francisco Marino. Quatro sócios comandavam a equipe, mas no fim do ano passado Márcio Schimidt foi afastado. De acordo com Marino, ele é o "único que coloca dinheiro no clube e não tem retorno nenhum".
Recentemente, o Rondonópolis vendeu o meia Valdivia ao Internacional, mas o dinheiro recebido pelo clube ainda é motivo de briga. A equipe tem uma das melhores estruturas de Mato Grosso para treinar e é conhecida por revelar jogadores. A base do clube sempre foi forte, com títulos de diversos torneios regionais. O único título no profissional foi em 2014, quando levantou a taça da Copa Mato Grosso.
Além de ser rebaixado automaticamente e pagar multa de R$ 50 mil, o Rondonópolis vai receber punição de dois anos sem poder atuar em torneios profissionais, organizados pela Federação Mato-grossense de Futebol (FMF).
Pela tabela original do Mato-Grossense, o Rondonópolis tem estreia marcada para o dia 31 de janeiro, contra o União, no estádio Luthero Lopes.