A juíza Patricia Ceni não cedeu à pressão e manteve o veto de instrumentos, bandeiras e venda de bebida alcoólica nos estádios mato-grossenses. A magistrada responsável pelo Juizado Especial do Torcedor (JET), se encontrou com representantes da Federação Mato-grossense de Futebol, Polícia Militar e dirigentes de três clubes do estado que disputam o estadual - Mixto, Cuiabá e Poconé.
Com isso, nada de batuques e bandeiras tremulando no Campeonato Mato-Grossense. Essa é uma reivindicação antiga dos torcedores, que ficaram revoltados com a decisão. Para eles, isso diminui o espetáculo, mas a juíza afirma se basear na lei.
- A lei geral se aplica a todos os clubes de futebol e torcedores do País, entretanto, há Estados que liberam algumas dessas proibições, a exemplo do Rio de Janeiro, que permite a venda de bebida alcoólica, com base em leis locais. Mas este não é o caso de Mato Grosso, que por falta de uma legislação específica segue a Federal - disse.
Segundo a magistrada, as determinações se baseiam na Lei Federal Nº 10.671/03, do Estatuto do Torcedor. A lista de objetos proibidos está expressa no Artigo 13-A por fomentarem a violência nos estádios.
A lei começou a ser aplicada em 2013 e desagrada os torcedores, principalmente os que pertencem às organizadas. Com relação à venda de bebida alcoólica, um projeto de lei tramita na Câmara Municipal para a liberação. Porém, o presidente em exercício de Cuiabá vetou preliminarmente. Além desse projeto, existe outro em andamento no âmbito estadual.