No lugar do ronco de motores de carros em alta velocidade o barulho de tratores e britadeiras ecoam pelo autódromo José Carlos Pace. O circuito de São Paulo, palco da etapa brasileira da Fórmula 1, passa por reformas para melhor atender às demandas da principal categoria do automobilismo. A obra, que começou em 2014 e está orçada em R$ 160 milhões, está em sua terceira etapa. Nesta quarta-feira, os promotores da corrida abriram as portas de Interlagos para a imprensa acompanhar o andamento da reforma. A terceira etapa da obra tem previsão de término no dia 30 de setembro, mais de um mês antes do GP do Brasil de Fórmula 1, agendado para o dia 13 de novembro.

- Essa reforma começou em 2014, com a mudança do asfalto. Com essas reformas, feitas pela Prefeitura, que é a proprietária do autódromo, seguramente Interlagos hoje pode ser considerado um dos três melhores autódromos do mundo. Interlagos é uma das joias do Mundial - disse Tamas Rohonyi, promotor do GP do Brasil.

As obras no autódromo têm o objetivo de acabar com a defasagem nas facilidades de conforto de equipes e espectadores. A primeira etapa foi a reforma no asfalto, em 2014. No ano passado, foi entregue o novo paddock - área atrás do boxes, onde quase tudo acontece na F-1 -, que passou de 8m para 10m de largura, e a nova área de convivência das equipes. O GP do Brasil de 2015 ocorreu em meio a obras do Paddock Club, área acima do setor de convivência das equipes. O Paddock Club, que abriga serviços dos camarotes, faz parte da terceira etapa da reforma, que também foca em modernização das infraestruturas de energia e esgoto, além da construção de um novo prédio de operações.

- Foi feito um projeto por etapas de ampliação e modernização do autódromo. As facilidades para as equipes já foram inauguradas no ano passado e vão melhorar neste ano. Trabalho de infraestrutura muito grande que começou no ano passado e vai até o ano que vem, estrutura de esgoto, energia. É um processo de atualização. Você vai avançando e fazendo manutenções - disse Luis Ernesto Morales, engenheiro-chefe da Interpub, empresa promotora do GP do Brasil.

Ficou para 2017 a cobertura do paddock, que vai ter iluminação e ventilação naturais.

O paddock coberto ficou para o ano que vem, mas ele é um acréscimo, não é uma exigência de contrato. Nenhum outro lugar do mundo é coberto - ressaltou Morales.