Uma das principais preocupações durante a organização dos Jogos Olímpicos Rio 2016 eram as águas da poética, mas suja, Baía de Guanabara. O local de quatro das sete áreas de regata foi chamado de "arena com mais lixo" por Torben Grael, bicampeão olímpico e coordenador da equipe brasileira, recebeu críticas de velejadores do mundo inteiro por causa da poluição. Em certos pontos era possível encontrar sujeira boiando nesta segunda-feira, dia da estreia da vela. Mas não houve nenhum problema registrado. Pelo contrário, os competidores elogiaram bastante as condições do local para a prática da modalidade.

Líder da classe RS:X (prancha a vela), o britânico Nick Dempsey foi um dos que mais elogiaram a Baía.

- A água estava brilhando. Correu tudo bem, não tivemos nenhum problema. Estava tudo limpo - disse o velejador.

Feliz por ter velejado em casa numa Olimpíada, o brasileiro Ricardo Winicki, o Bimba, foi questionado se havia encontrado algum saquinho ou qualquer outra sujeira pela frente.

- Estava ótima a água, limpa, sem sujeira. Disso aí ninguém pode reclamar. Fora uma lancha dos juízes ou da imprensa que passou atrapalhando a gente, não tem nada do que reclamar.

Foi possível avistar dois ecobarcos circulando próximo das duas áreas de regata nesta segunda. Da operação fazem parte 13 embarcações que caçam lixo flutuante orientados por GPS, além de ecobarreiras instaladas em 17 rios que desembocam na Baía de Guanabara. Um fator da natureza, porém, ajudou, com os ventos varrendo o lixo e a maré entrando na baía.