Dmitriy Baladin chegou ao Rio como 12º do ranking mundial, aparentemente, distante da luta pelo pódio nos 200m peito. Entrou na decisão da prova com a última vaga entre os oito classificados. Nadou a final na raia da ponta. Apenas fatores que aumentam ainda mais o tamanho de seu feito histórico. Maior zebra da natação na Olimpíada até aqui, conquistou a primeira medalha olímpica da história do Cazaquistão nas piscinas na noite desta quarta-feira. E foi logo uma medalha de ouro.
Após a inesperada vitória, Dmitriy admitiu ainda não ter muita noção do tamanho do feito. Disse ter uma ideia, porém, de como estaria sendo a comemoração na ex-república soviética da Ásia Central.
- Para ser honesto, acho que ainda não consegui entender direito que tenho uma medalha de ouro olímpica. Acho que vou precisar de uma semana a 10 dias para ter a reação adequada a isso... Acho que todo o Cazaquistão deve estar bebendo hoje à noite - brincou Baladin.
Apesar da descontração, o jovem de 21 anos mostrou ter noção da importância de sua conquista para a natação do país. Dmitriy espera que o resultado possa ajudar bastante no crescimento da modalidade no Cazaquistão
- Foi a maior honra que eu poderia dar ao meu país. Estou muito orgulhoso disso. Na verdade, é histórico porque é a primeira medalha da natação do Cazaquistão e estou muito feliz de ter sido o responsável por conquistá-la... Espero que a natação no futuro possa se desenvolver no meu país e possamos ganhar mais medalhas.
A marca que garantiu o ouro (2m07s46) foi a melhor da carreira de Baladin nos 200m peito. O suficiente para deixar o americano Josh Prenot, líder do ranking mundial e favorito ao ouro, em segundo lugar (2m07s53). O bronze foi para o russo Anton Chupkov (2m07s70). Segundo o nadador cazaque, o tempo não o surpreendeu por conta do quanto treinou antes de chegar ao Rio.
- Para ser sincero, não fiquei tão surpreso. Nós trabalhamos para isso. Fizemos tudo o que podíamos e finalmente conseguimos alcançar esse feito.