Começou nesta semana, em um tribunal em Hamburgo, o julgamento do processo aberto pela família de Michael Schumacher contra a revista alemã “Bunte”. Em dezembro de 2015, a publicação publicou uma matéria de capa afirmando que heptacampeão mundial de Fórmula 1, que sofreu um gravíssimo acidente de esqui em 2013, “era capaz de andar um pouco com ajuda de terapeutas e também levantar os braços”.
O advogado da família Schumacher, Felix Damm, disse à justiça alemã que o ex-piloto de 47 anos “não consegue andar" e não se levanta, nem com a assistência dos médicos. Damm não quis se estender sobre a atual situação de Schumi, que segue sua lenta recuperação na mansão da família, na Suíça. "Não podemos ser forçados, por meio de reportagens escabrosas como essa, a divulgar a condição dele. Ele tem a proteção da privacidade", completou o advogado. A revista se defende, afirmando que as informações vieram de um informante confiável que teve acesso às condições do alemão.
O juiz que preside o tribunal indicou que a família de Schumacher deve ganhar a ação e pode receber uma indenização entre 40 mil e 100 mil euros, o que varia entre R$ 145 mil e R$ 365 mil. A expectativa é que o veredicto seja dado até outubro deste ano.
Na ocasião, a porta-voz de Schumacher, Sabine Kehm, negou a veracidade da reportagem e disse que levaria o caso aos tribunais para que novos boatos sobre o ex-piloto não fossem espalhados: “Infelizmente somos forçados a esclarecer que a afirmação que Michael pode se mover novamente não é verdade. Esta especulação é irresponsável, devido a seriedade das lesões e dá falsas esperanças a muitas pessoas envolvidas”.