O caso Fifa nos Estados Unidos ganhou uma nova data para o início do julgamento, passando de outubro para 6 de novembro de 2017, após decisão da nova juíza que cuida do caso, Pamela Chen. A expectativa é que o julgamento dure seis semanas. Entre os réus está o ex-presidente da CBF, José Maria Marin. Os advogados do ex-dirigente, que cumpre prisão domiciliar em Nova York desde que foi extraditado da Suíça em novembro do ano passado, querem que Marin seja julgado separadamente.
- Nós entendemos que o grosso das acusações não se referem ao nosso cliente. Existem mais de 250 pedidos de condenações diferentes, são 27 réus presentes, 11 conspiradores nomeados, temos 24 conspiradores não nomeados. Nesse momento, a ideia é que vamos querer um julgamento separado para o nosso cliente, para que a acusação contra ele fique limitada e clara, e ele não fique no bolo com as acusações que estão pendentes e com todos esses réus - afirmou o advogado Júlio Barbosa.
O ex-presidente da CBF não compareceu à audiência marcada para a última segunda-feira em Nova York, após pedido de seus advogados, e que foi aceito pela nova juíza do caso. Foi a primeira vez que Marin não foi ao tribunal.
Neste mês, Marin conseguiu ampliar de um para quatro dias na semana a permissão para deixar o prédio onde mora, sempre acompanhado por segurança.
- Ele pode sair quatro vezes por semana, ainda com segurança. Eventualmente isso aí pode ser modificado em função do que vai acontecer na espera para o julgamento - completou o advogado Júlio Barbosa.
Marin está preso na Trump Tower, na esquina da Quinta Avenida com a rua 56, um dos endereços mais caros de Manhattan, num apartamento que comprou em 1989. O ex-presidente da CBF foi preso em Zurique em maio de 2015 e extraditado aos EUA no final daquele ano.