A britânica Samia Shahid, de 28 anos, estuprada e morta no Paquistão por um crime de honra planejado pela família, foi atraída ao país pela mãe e a irmã por meio de mensagens em que diziam que o pai da jovem estava morrendo.
A informação é um componente a mais de crueldade para a história, cujo desfecho trágico começou quando a jovem fugiu de um casamento forçado com um primo. A família de Shahid, no entanto, jamais aceitou a sua segunda união, com Syed Mukhtar Kazam, e por isso teria planejado sua morte.
A polícia paquistanesa já havia identificado a participação do pai da jovem, Mohammad Shahid, e do primeiro marido, Mohammad Shakeel, no assassinato. Mas só recentemente descobriu que a mãe e a irmã também estão envolvidas.
Agora, elas serão acusadas como cúmplices, uma vez que mentiram para convencer a vítima a viajar ao país, dizendo que o pai, diabético, estava à beira da morte. Segundo a investigação, Madiha e a irmã, a vítima, teriam se falado por telefone 15 vezes em dois dias.
Na época, a vítima teria enviado uma mensagem a um amigo: “Minha família não me contou sobre isso, mas minha irmã mais nova me ligou chorando. Reze para que eu volte viva no dia 21 de julho”, diz a jovem, que chega a chamar o ex-marido de psicótico.
Família desaprovava segundo casamento
Samia Shahid morreu enquanto visitava parentes em Pandori, uma aldeia perto de Mangla Dam, no norte do Punjab. Kazam, que também é paquistanês, afirma que a família de Shahid não aprovava o seu “casamento por amor”. Eles se casaram em Leeds, na Inglaterra, em 2014.
Viúvo da jovem denunciou assassinato
O ex-marido da esteticista Samia Shahid teria confessado o assassinato dela, segundo fontes policiais no Paquistão contaram. Parentes afirmaram que ela tinha sofrido um infarto, mas o atual marido dela, Syed Mukhtar Kazam, alegava que ela tinha sido assassinada porque eles se recusavam a aceitar o casamento dos dois.
Segundo a polícia, o ex-marido paquistanês admitiu que a estrangulou com um lenço.