O Brasil terminou a Olimpíada do Rio na 13ª posição do quadro de medalhas, abaixo da meta do top 10 estabelecida pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB). Para os Jogos de Tóquio 2020, a meta é melhorar o desempenho mais recente. Pelo menos é o que sinalizou o novo diretor-executivo da entidade, Agberto Guimarães, cujo nome foi anunciado nesta terça-feira durante a assembleia que reelegeu Carlos Arthur Nuzman como presidente da entidade.
Guimarães, 59 anos, vai substituir Marcus Vinícius Freire, que deixou o cargo depois dos Jogos. Ele trabalhava com o antecessor até 2010, quando se transferiu para o Comitê Rio 2016, onde foi diretor geral de esportes. O planejamento passa por avaliar o desempenho dos atletas e onde eles podem chegar. Para os finalistas em provas individuais, o pódio. E para medalhistas de bronze, a prata ou o ouro. Tudo dentro de uma realidade com menos recursos do que na preparação para os Jogos do Rio.
Guimarães, 59 anos, vai substituir Marcus Vinícius Freire, que deixou o cargo depois dos Jogos. Ele trabalhava com o antecessor até 2010, quando se transferiu para o Comitê Rio 2016, onde foi diretor geral de esportes. O planejamento passa por avaliar o desempenho dos atletas e onde eles podem chegar. Para os finalistas em provas individuais, o pódio. E para medalhistas de bronze, a prata ou o ouro. Tudo dentro de uma realidade com menos recursos do que na preparação para os Jogos do Rio.
- Não existe atleta sem objetivo. Quero competir bem e transformar essa participação de finalistas em medalhas, de medalhistas de bronze para prata e ouro, e assim por diante. Ter um desempenho melhor. É o que nós queremos. Se não faz o menor sentido nos trabalharmos.
Essa avaliação que se foi abaixo ou acima da meta, bom ou ruim, eu deixo para vocês (jornalistas). Quero que vocês façam a avaliação daqui a três anos no Pan e a quatro, em Tóquio. Até lá vamos fornecer informações sobre o que estamos fazendo. Nós vamos montar "X" training camps com tantos atletas com objetivo A, B ou C. A partir daí começamos a medir o desempenho. Usar uma competição como teste para saber se o treinamento está alinhado ou não. Ali eu faço o ajuste para ir para frente até chegar em uma competição importante para ser finalista ou medalhista - disse Guimarães.
A volta ao COB, de fato, começa nesta quarta-feira. Nos primeiros meses o diretor vai procurar os gerentes de cada esporte para saber o que foi feito enquanto ele esteve ausente e o que está sendo planejado para 2020. Guimarães diz não estar preocupado com a redução dos recursos em um ano pós-olímpico e de Jogos em casa, que terá dentre os feitos práticos a saída de treinadores estrangeiros.
- Isso é normal em qualquer edição dos Jogos. O país sede sempre tem menos recursos. Você deixa de ter os recursos dos patrocinadores do COI, que faz parte de um pacote, e vai prospectar com o seu próprio material, que são os atletas, eventos e confederações. Mas a principal é entender o trabalho que estava sendo feito, o processo de gestão com os atletas e modalidades. O resultado dos atletas e equipes passa por isso - disse.
Nuzman não quer mais saber de traçar metas. Sobre a do Rio, não alcançada, ele admitiu que arriscou.
- Técnicos estrangeiros são um ponto a ser discutido. A gestão das confederações vão se desenvolver. Não temos ainda uma meta. Para o Rio vocês queriam saber e eu arrisquei. O Agberto é a pessoa talhada para isso - disse o presidente do COB.
Como atleta, o paranaense de Tucuruí ficou em quarto lugar nos 800m do atletismo nos Jogos de Moscou 1980 e ganhou o ouro nos 800m e nos 1.500m nos Jogos Pan-Americanos de Caracas, em 1983. Seu grande rival nas pistas no Brasil era Joaquim Cruz.