Com a presença de cerca de 30 rubro-negros, a chegada de Vagner Love deveria ser uma festa para a torcida do Flamengo. No entanto, o que se viu no desembarque do jogador no Rio de Janeiro, na manhã desta quinta-feira, foi uma celebração da diretoria do clube. Exibido como um "troféu", o atacante foi cercado por membros da diretoria, trocou poucas palavras com a imprensa e nem sequer conseguiu atender os torcedores que o aguardavam.
Além da intenção de não esvaziar a coletiva de apresentação oficial da próxima sexta-feira, o cenário criado no Aeroporto Internacional da capital carioca é uma clara resposta dos cartolas rubro-negros às críticas sofridas nos últimos dias.
O desembarque do atacante foi capitaneado pelo vice-presidente de finanças do clube, Michel Levy, que fez questão de chegar abraçado ao jogador, e pela presidente Patrícia Amorim, que conseguiu uma autorização especial da Infraero para recepcionar o jogador ainda na sala de desembarque.
"Quando embarquei para a Rússia, eu disse que iria voltar com ele embaixo do braço, e foi o que aconteceu. A negociação não foi fácil, mas contamos com a ajuda do Love, que fez um apelo emocionado aos dirigentes do CSKA. Ele reforçou por diversas vezes a vontade que tinha de voltar ao Brasil, de realizar o sonho de jogar pelo Flamengo mais uma vez, e isso foi fundamental", explicou Michel Levy, único a conversar com a imprensa na tumultuada chegada do "Artilheiro de Amor" a capital carioca.
Cercado por seguranças e assessores da diretoria do Flamengo, Vagner Love foi sucinto, mas não escondeu a felicidade em retornar ao time do coração. "Estou muito feliz, muito feliz. É o que dá para falar", repetia o jogador, acrescentando. "Com mais tempo de contrato, espero construir uma história no Flamengo. Vou ganhar muitos títulos", completou, enquanto era carregado pelas pessoas que o cercavam.