
Atualmente, uma pergunta remói a cabeça dos fãs, jornalistas, pilotos e equipes da Fórmula 1: quem será o cara responsável por substituir Nico Rosberg na Mercedes a partir de 2017? Só que ainda levará um tempo para que essa questão seja resolvida de vez. De acordo com um porta-voz da equipe, o nome do futuro companheiro de Lewis Hamilton só será anunciado quando o time regressar das férias de fim de ano, em 3 de janeiro - o que não quer dizer que este seja o dia exato do anúncio oficial.
Preferência por Bottas
Conforme os dias passam, fica cada vez mais evidente que a Mercedes deseja Valtteri Bottas no seu segundo carro. Do contrário, qual seria a dificuldade de anunciar Pascal Wehrlein, piloto formado pelo programa de desenvolvimento do time germânico e que sequer está atrelado a outro time? Ao que tudo indica, a demora em fechar negócio se daria pela resistência da Williams em liberar o finlandês sem um negócio vantajoso, principalmente em função do pouco tempo para arrumar um substituto. O time de Brackley teria oferecido um desconto que gira em torno de 10 milhões de Euros (cerca de R$ 35 milhões) no fornecimento de motores, mais a cessão de Wehrlein, o time britânico teria rejeitado a oferta. No fundo a Williams sabe que a Mercedes tem um certo "desespero" para conseguir um piloto a curto prazo, além de ter dinheiro em caixa para fazer uma oferta melhor, já que não terá de pagar o salário de Rosberg pelos próximos dois anos.
Obstáculos no caminho
Apesar das vantagens financeiras, a liberação de Bottas deixaria a Williams em condições complicadas no âmbito esportivo. Afinal, a equipe inglesa vai promover a estreia do canadense Lance Stroll, de apenas 18 anos. Ele vem credenciado pelo título da Fórmula 3 Europeia em 2017, mas carece de experiência com o monoposto da F1, ainda mais em um ano de mudanças radicais no regulamento. O mercado tem pouquíssimas opções disponíveis com esse perfil. Tanto é verdade que até o jornal francês L'Equipe publicou uma possível volta do brasileiro Felipe Massa, recém-aposentado da F1.
Outro entrave desta negociação, no entanto, vai além da questão financeira. O fato é que a Martini, patrocinadora master da Williams e grande fabricante de bebidas, tem em seu contrato com o time a exigência de ter um piloto maior de 25 anos entre a dupla de pilotos para a promoção da marca. Como Lance Stroll (que entra no lugar de Massa) tem apenas 18, a assinatura de Pascal (22 anos) se torna ainda mais complicada. Aliás, essa regra da Martini também afeta a possível a vinda de Nasr para a escuderia.