A discussão, desta vez, não foi por conta do uso de vídeo. Mas o juiz Janny Sikazwe protagonizou a grande polêmica de arbitragem na final do Mundial de Clubes. Isso porque deixou de mostrar o cartão para Sergio Ramos, que parou um contra-ataque do Kashima aos 44 da segunda etapa. Detalhe: o zagueiro já tinha amarelo e o árbitro chegou a levar a mão ao bolso após a falta do espanhol, indicando que o expulsaria. A cena inusitada (assista no vídeo acima), entretanto, tem explicação para o árbitro. Sikazwe diz que o desentendimento foi consequência de uma falha de comunicação.

- Não foi mais do que uma falha de comunicação entre eu e o meu assistente. Ele me avisou sobre a falta e me disse através do fone de ouvido "sem cartão", mas eu entendi "com cartão". Não foi mais do que isso, uma falha de comunicação. Não era para uso do vídeo. Era algo entre o meu assistente e eu – disse Janny Sikazwe, em entrevista ao site “filgoal.com”.

O ato gerou revolta de alguns torcedores no Estádio Internacional de Yokohama, e os brasileiros que jogam no Kashima afirmaram que o juiz deu uma pipocada. Apesar disso, Janny Sikazwe, de Zâmbia, se mostrou orgulhoso por ser o primeiro árbitro africano a apitar um jogo desse porte.

- Agradeço a Deus pela oportunidade de ser o primeiro árbitro africano a apitar uma final do Mundial de Clubes. É o momento para a África subir ao primeiro nível do futebol.

Àquela altura, o placar estava 2 a 2, e o Kashima pressionava em busca do terceiro. Só que o jogo mudou na prorrogação, o Real fez valer sua superioridade física e técnica e faturou o Mundial de Clubes com a vitória por 4 a 2.