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Pequeno agricultor de Cuiabá doa 780 moedas antigas para Museu Nacional do Rio de Janeiro

Moacir não sabe ao certo quantas moedas tem, nem o valor comercial que elas podem ter, mas pra ele o valor é incalculável.

Redação
Por: Redação Fonte: Fonte: Eunice Ramos | TV Centro América
24/10/2018 às 22h14 Atualizada em 10/02/2023 às 14h05
Pequeno agricultor de Cuiabá doa 780 moedas antigas para Museu Nacional do Rio de Janeiro

Em um pequeno sítio de quatro hectares na zona rural de Cuiabá vive um brasileiro, que como tantos outros, começou a trabalhar muito cedo e não teve oportunidade de estudar. Moacir da Silva Ayres de 56 anos, vive do que planta e colhe no assentamento.

Mas um presente do pai, quando ele tinha apenas 11 anos, despertou em Moacir o espírito de colecionador. Ele ganhou duas moedas antigas, uma de 200 e outra de 400 réis. A partir daí, não parou mais. Hoje tem 780 moedas antigas.

Na adolescência trabalhou como pedreiro e dava desconto para quem arrumasse alguma moeda antiga.

“A senhora não tem moeda? Eu faço abatimento no serviço. Para ela não tinha valor, porque ela era antiga, mas para mim já tinha por que fui criando amor nas moedas que meu pai tinha me dado. Então eu fazia abatimento e ela dizia, tá bom meu filho, tá bom”, conta o pequeno agricultor.

A paixão pelas moedas antigas foi crescendo e a coleção também. Nem ele sabe ao certo quantas moedas tem, nem o valor comercial que elas podem ter, mas pra ele o valor é incalculável.

“Eu criei amor nas moedas. Fui juntando, juntando, trabalhando, fazendo reforma”, diz Moacir, emocionado.

Durante todos esses anos o maior patrimônio de Moacir não estava no banco. Estava guardado, bem escondido, dentro de casa. Mas no mês passado, enquanto assistia ao Jornal Nacional, foi surpreendido por uma notícia que o deixou muito triste. Pela primeira vez, Moacir pensou em se desfazer da coleção de moedas.

“Quando iniciou o jornal, passou aquele negócio da queimação. Estava sentado quando eu vi queimar. Parece que estava derretendo um pedaço de mim. E foi aquele fogo, aquele fogo. Parecida que eu estava sentindo. Falei, poxa é o Museu, Museu é patrimônio histórico”, conta.

Era o Museu Nacional do Rio de Janeiro em chamas destruindo uma acervo histórico e científico armazenado ao longo de 200 anos com cerca de 20 milhões de itens catalogados.

“Para mim, é como se eu estivesse derretendo junto naquele momento. Me doeu demais. Falei, meu Deus, eu vou doar minhas moedas para o Museu”.

Foi uma decisão difícil, mas ele não voltou atrás. Nesta semana, representantes do Museu vieram a Cuiabá buscar a coleção de moedas. Moacir chorou de emoção, mas está feliz por conseguir dar a contribuição dele para a reconstrução do Museu.

“Estou doando de coração, não tem dinheiro que pague, mas vai ter milhões de brasileiros que vai ver estas moedas no Museu. Inclusive, eu quero pedir de coração, se Deus me der saúde quando inaugurar o Museu eu quero ir lá ver elas no mostruário”, finalizou Moacir.

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