Christiane Barros | Polícia Civil-MT
![]() |
Há 19 anos atuando na linha de frente das ações especiais da Polícia Civil de Mato Grosso, o investigador Adilson de Figueiredo, integrante da Gerência de Operações Especiais (GOE) conta um pouco da sua vida profissional dedicada à instituição.
Natural de Chapada dos Guimarães, o investigador ingressou na carreira policial em março de 2002, sendo lotado na Diretoria de Atividades Especiais e começou a trabalhar na GOE.
![]() |
Durante as quase duas décadas de serviço público prestado, Adilson foi designado a operar na Força Nacional, do Ministério da Justiça, em duas ocasiões diferentes - de 2011 a 2012 e de 2015 a 2016, quando também foi selecionado para trabalhar durante as Olimpíadas 2016 na cidade do Rio de Janeiro, oportunidade avaliada por ele como de grande satisfação e aprendizado.
Com três irmãos que trabalham no Tribunal de Justiça, o policial civil cresceu vendo a família exercer suas atividades laborais em meio ao Sistema de Justiça, o que despertou a vontade de seguir os exemplos na família. Assim que viu a oportunidade de fazer o concurso e se estabilizar, não pensou duas vezes em estudar para ser aprovado no cargo de investigador de polícia.
Realizado por integrar a Polícia Civil do seu estado, Adilson afirma que um dos orgulhos é a valorização do salário, bem como as boas condições de trabalho com relação a outros estados, onde teve oportunidade de conhecer.
Ações emocionantes
Entre as inúmeras missões cumpridas com a equipe da GOE em todas as regiões de Mato Grosso, o investigador conta que duas delas o marcaram muito. A primeira foi o resgate de duas crianças na cidade de Nova Lacerda, deixadas pelo pai no meio da mata, em novembro de 2018. O suspeito abandonou os filhos de um e de três anos de idade, por volta das 17 horas, em região de mata extensa e habitada por diferentes espécies de animais, principalmente peçonhentos, como cobras e escorpiões.
Ao relento e em meio a riscos diversos, as crianças passaram a noite toda sozinhas. Porém, foram localizadas no dia seguinte, por volta das 05h30 da manhã. Quando os policiais da GOE conseguiram chegar onde estavam as crianças, o bebê de um ano estava dormindo no chão, enquanto a menina de três anos estava em pé, ao lado do irmão.
A segunda ocorrência que Adilson relembra foi o roubo a banco ocorrido em 2009, na cidade de Nova Mutum, quando o grupo criminoso atuou na modalidade conhecida como "novo cangaço". Durante atendimento à ocorrência, a equipe da GOE entrou em uma área de mata onde os suspeitos estavam escondidos, houve troca de tiros e mesmo assim foi possível recuperar cerca de R$ 950 mil em dinheiro que havia sido roubado pelos criminosos.
Para o investigador, um dos motivos que o impulsiona a desempenhar suas atribuições diariamente é o fato de poder defender a sociedade e proteger o cidadão, além de ser na Polícia Civil a fonte de sustento de sua família, que depende do seu trabalho.
Nos 19 anos de atuação policial, Adilson destaca a importância do aprendizado adquirido com as experiências vividas. "E também dos bons exemplos que admiramos e assimilamos ao longo do tempo de serviço prestado".
Para ele foi uma honra trabalhar com vários servidores que se tornaram amigos, sendo três deles já falecidos: Nezito Pereira Nogueira, Juinir Luiz de Moraes e Eurípedes Alves de Jesus Filho, além de muitos delegados com quem teve o privilégio de trabalhar e compartilhar vivências e conhecimentos.
![]() |