Duramente criticado pela torcida durante a fase de grupos da Taça Guanabara, o técnico Abel Braga conseguiu se redimir com os torcedores na última quinta-feira, ao conquistar a classificação para a final do primeiro turno do Campeonato Carioca com uma formação mais ofensiva do que a normal. Mesmo com a vitória nos pênaltis contra o Botafogo e a irregularidade ao longo do torneio, o treinador fez questão de rechaçar qualquer favoritismo do Vasco no decisivo confronto do próximo domingo, mas admitiu a superioridade da equipe cruz-maltina nesta temporada.
O comandante do Fluminense procurou não poupar palavras para elogiar a equipe do técnico Cristóvão Borges e apontou o Vasco como a melhor equipe do estado do Rio de Janeiro atualmente. Grande conhecedor do futebol apresentado pelo time carioca neste ano, Abel Braga se mostrou preparado para neutralizar o poderio ofensivo de seu rival e não escondeu a confiança em uma vitória neste fim de semana.
"O Vasco é o melhor time do Rio de Janeiro hoje. É por isso que eles estão 100% na competição. Não significa que eles vão ganhar o jogo, isso não tem nada a ver. Eles não foram muito felizes na Libertadores, mas a equipe tem um conjunto muito bom e a mudança de peças vem surtindo efeito. É um jogo difícil, mas nós vencemos o confronto de hoje (quinta-feira) que também era. No próximo, pode ser que a gente ganhe também. Vamos jogar da mesma maneira, sem grandes preocupações, para frente, e esperar domingo", disse Abel Braga.
Parte da confiança do técnico do Fluminense com relação a uma vitória na final do primeiro turno do Estadual vem da união que o grupo de jogadores adquiriu ao longo deste ano. Com a chegada de novas peças de reposição, a briga por um lugar no time titular passou a ficar mais intensa e contribuiu para que o rendimento de alguns atletas sofresse uma abrupta melhora.
"Fui muito criticado por ter colocado o Leandro Euzébio hoje e ele acabou fazendo o gol de empate. Então essas críticas não nos afetam, porque os jogadores gostam muito de onde estão. Pouco amadorismo, pouca relação com o clube... Isso não existe aqui no Fluminense. Não digo que os jogadores morrem de amores pelo clube, mas eles gostam daqui. No Fluminense as coisas são muito diferentes", acrescentou o treinador.