O presidente do Luverdense Esporte Clube (LEC), Helmute Lawisch, fez um desabafo, na semana passada, em Cuiabá, contra a precariedade da estrutura que atingia os times de futebol do Estado, até o advento da Arena Pantanal e conclamou a população a voltar a torcer pelos times locais.
O desabafo foi feito durante a coletiva de abertura das vendas dos ingressos para a partida de estreia do time de Mato Grosso na Série B do Campeonato Brasileiro, que acontecerá no dia 26 de abril na Arena Pantanal, contra o Vasco da Gama (RJ).
“Nós passamos muitas humilhações por causa da nossa estrutura de futebol, seja aqui no Dutrinha [em Cuiabá], seja no Passo das Emas [em Lucas do Rio Verde]. Todos os nossos adversários tinham estrutura superior à nossa”, afirmou.
Para Helmute, a conclusão da obra da Arena Pantanal abre uma nova chance de crescimento do futebol profissional no Estado, bem como incentiva a população a retomar o costume de ir ao o estádio em dias de jogos.
“Agora, nós emparelhamos o jogo. Agora, nós temos uma arena para mandarmos jogos de verdade, para o mundo inteiro ver”, disse.
O presidente do Luverdense observou que a população precisa ser mais “bairrista” e voltar os olhos para os times fortes do Estado.
E citou como exemplo o próprio LEC – que ascendeu, no ano passado, à Série B do Brasileirão; o Cuiabá, campeão da Série C do Campeonato Brasileiro; e os times Mixto e Operário.
“Nós estamos jogando quase igual à turma que está jogando fora daqui. Falta pouco para fazer o serviço, vermos o reconhecimento. Neste ano, na primeira fase da Copa do Brasil, nenhum time de Mato Grosso perdeu”, disse.
Segundo ele, Mato Grosso já tem três vagas na Copa do Brasil e duas vagas na Copa Verde e pode começar a “sonhar mais alto”, caso consiga apoio da imprensa e da população.
“No máximo, em cinco anos, Mato Grosso estará jogando uma Sul-Americana, uma Série A... Isso é possível, se nós todos entendermos a necessidade de apenas uma coisa: mobilização”, afirmou o cartola.
O presidente estimulou a população a levar a família para o estádio já no próximo final de semana, a fim de voltar a ensinar as crianças, desde pequenas, a se identificarem com os times locais.
“Vamos dar uma instigada. Eu faço isso em Lucas. Eu fico muito feliz quando vejo aquele mar de crianças vestidas de verde e branco, querendo entrar no estádio. No mínimo, são duas ou três horas que elas não estão na frente da televisão e do computador e estão vendo, ao vivo, o que é um jogo de futebol”, disse.
Segundo Helmute, é necessário um “somatório de esforços” para que Mato Grosso ganhe destaque nacional no futebol, começando pelo jogo do dia 26 contra o Vasco.
“É um jogo que o Brasil inteiro vai assistir. É o primeiro jogo que o Luverdense e que Mato Grosso manda na Série B. Sozinho, com todos os seus funcionários, o Luverdense não consegue. Agora, com o apoio das instituções e da imprensa, você pode ter certeza que nós vamos fazer bonito. Quando digo nós, me refiro a Mato Grosso”, disse.