
O vice-governador de Mato Grosso, Otaviano Pivetta (Republicanos), adotou um tom de cautela e foco administrativo ao comentar os resultados da última pesquisa de intenção de voto realizada pelo Instituto Paraná. Mesmo aparecendo entre os principais nomes para a sucessão de Mauro Mendes em 2026, Pivetta afirmou que, neste estágio do governo, seu foco está integralmente voltado para os resultados da gestão e não para os gráficos eleitorais.
"Pesquisa sempre é algo que precisa ser considerada, mas eu, nesse momento, não estou dando muita bola para pesquisa", declarou o vice-governador em conversa com a imprensa.
O levantamento, divulgado recentemente, aponta o senador Wellington Fagundes (PL) na liderança com 32,4%, seguido pelo senador Jayme Campos (União) com 23,4%. Pivetta figura em terceiro lugar, somando 21,5% das intenções de voto. Para o vice-governador, os dados refletem apenas um "recorte do momento" feito com mais de um ano de antecedência para o pleito, o que limitaria a precisão da vontade real do eleitorado mato-grossense para 2026.
Pivetta argumentou que a quantidade de entrevistados — 1.502 eleitores em 61 municípios — não deve ser o guia das ações do governo agora. Ele defende que a preocupação com os índices de aceitação e intenção de voto deve ficar restrita ao calendário eleitoral oficial.
A postura de Pivetta reforça a estratégia do núcleo duro do Palácio Paiaguás de "blindar" a gestão estadual de antecipações eleitorais. O vice-governador, que assume interinamente o comando do Estado até o dia 4 de janeiro em razão das férias de Mauro Mendes, reiterou que o "momento certo" para discutir números chegará após o início formal da campanha.
Com um perfil mais técnico e voltado para a infraestrutura, Otaviano Pivetta sinaliza que a melhor "pesquisa" para sua pré-candidatura será a entrega de obras e a eficiência da máquina pública. "Nós estamos trabalhando e vamos aguardar para, no momento certo, começar a trabalhar a campanha do ano que vem", concluiu.