O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou nesta segunda-feira que atletas transgêneros poderão competir no Rio 2016 sem a necessidade de cirurgia. A decisão foi tomada após a entidade que comanda o esporte mundial receber, em novembro do ano passado durante o Encontro de Consenso sobre Mudança de Sexo e Hiperandrogenismo, uma série de orientações sobre o tema. A informação foi antecipada no último sábado pelo site OutSports.
Apesar da liberação dos atletas transgêneros sem a necessidade de cirurgia, a reposição hormonal segue obrigatória. Nas competições femininas, será necessário comprovar que o nível de testosterona do atleta não está maior que 10nmol/L nos 12 meses anteriores à competição.
- É necessário assegurar que atletas transgêneros não sejam excluídos da oportunidade de participar de competições esportivas. Exigir alterações anatômicas cirúrgicas como pré-condição para a participação pode ferir a legislação e os direitos humanos - afirmou o COI em seu comunicado.
As novas regras abrem uma chance para a triatleta transexual Chris Mosier, que está na parte final da sua reposição hormonal, mas não fez a cirurgia. Ela busca uma vaga na equipe americana masculina de triatlo. Antes da decisão do COI, os transgêneros eram obrigados a fazer a cirurgia e ainda tinham que realizar um período de dois anos de tratamento com hormônios para que a troca de gênero fosse reconhecida legalmente.