Marcos Assunção dormiu pouco no domingo, dia em que recebeu a notícia de que seu contrato com o Palmeiras não seria renovado para 2013. O motivo? Ficou até 5h da madrugada de segunda-feira no computador, lendo na internet comentários de torcedores sobre sua saída do clube que defendia há quase três anos. E o que o volante viu o deixou entristecido: palmeirenses o chamando de "mercenário" por não aceitar a proposta de renovação alviverde.
"Muitos falavam isso, que eu já tinha 36 anos, que já deu para mim no Palmeiras. Respeito muito a opinião de cada torcedor, cada comentário que eu li. Fiquei até 5h da manhã vendo internet, lendo comentários, para sentir realmente o que os torcedores pensavam e achavam. Respeito cada um", declarou, para depois se defender das acusações.
"Se eu fosse mercenário ou oportunista, seria muito fácil renovar meu contrato em agosto, logo depois do título da Copa do Brasil. Eu não estaria aqui agora, estaria no CT treinando com meus companheiros, com contrato até dezembro e ganhando mais. Naquele momento eu pensava só no Palmeiras no Brasileiro e no meu joelho, que queria operar para voltar bem. Jamais tentei tirar proveito de qualquer tipo de situação", afirmou.
Assunção teve proposta de renovação com valorização do salário em agosto, logo após a conquista da Copa do Brasil, mas preferiu adiar as conversas com o Palmeiras. Depois de passar por uma artroscopia no joelho durante o Campeonato Brasileiro, porém, o novo vínculo ficou mais distante. Segundo o volante, a única proposta do Palmeiras aconteceu no último sábado, com um aumento de salário inferior ao que havia sido oferecido em agosto.
"Está aqui meu empresário (Ely Coimbra), e se eu estiver errado ele me corrija. Tivemos uma reunião só, que foi a última, em que o Palmeiras fez uma proposta para mim. Na última. Disseram: ?a gente pode te oferecer isso, e se não for isso não dá mais?", lamentou o ex-capitão alviverde, que buscará nova equipe para jogar aos 36 anos nesta temporada.