
O governador em exercício, Otaviano Pivetta, decretou nesta quarta-feira (24) estado de emergência zoossanitária em todo o território de Mato Grosso pelo período de 90 dias. A medida foi tomada após a confirmação oficial, pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), de um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) em aves de subsistência em uma propriedade rural de Cuiabá.
O decreto permite que o Estado adote medidas administrativas e operacionais mais ágeis para conter o vírus e proteger o plantel avícola comercial, que é um dos pilares da economia mato-grossense. É importante ressaltar que o vírus H5N1 não oferece risco à saúde humana por meio do consumo de carne de frango ou ovos, e a atividade avícola comercial segue operando normalmente no Estado sob rigorosa vigilância.
O Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) iniciou imediatamente os protocolos de contenção. Entre as principais ações adotadas na propriedade afetada estão:
Barreira Sanitária: Interdição total para impedir o trânsito de animais, materiais e equipamentos.
Abate Sanitário: Eliminação de todas as aves do local e enterrio em valas apropriadas, seguido de desinfecção.
Zonas de Vigilância: Monitoramento intensivo em propriedades num raio de 3 km (zona perifocal) e até 10 km (zona de vigilância).
Mato Grosso é um importante exportador de carne de frango, e a manutenção do status sanitário é vital para o comércio internacional. O governo reforça que o foco foi detectado em aves de "fundo de quintal" e não em granjas comerciais. "O objetivo da emergência é dar agilidade ao Indea para que o vírus não chegue ao sistema produtivo em larga escala", informou a gestão estadual.
